terça-feira, 1 de setembro de 2020

vai-te daqui, Satanás

 



Satanás não é propriamente o mais simpático de se chamar a alguém, mas foi o que Jesus chamou a Pedro, quando reagiu como reagiu ao ouvir Jesus dizer que havia de morrer às mãos dos “grandes” de Jerusalém.

Satanás tão somente aquele que se opõe e comanda toda a oposição a Deus. Toda a sua vontade e todo o seu agir vão no sentido de impedir que se realize o projeto salvador de Deus. Porque contra Deus não pode nada, atua junto das criaturas livres, o ser humano, para nos levar a negar, a impedir e a recusar a salvação operada e oferecida por Deus. Deus salva, o diabo quer que não chegue a nós essa salvação. 

Embora não se dando conta, S. Pedro estava a deixar-se guiar por vontade diabólica procurando levar Jesus a não se entregar à morte, precisamente porque seria nessa entrega que aconteceria a salvação, como de facto sucedeu. S. pedro está a reagir com a melhor das intenções querendo evitar a morte de Jesus - “Deus Te livre de tal, Senhor, isso não há de acontecer” - Se tal não acontecesse, não aconteceria a Salvação, os planos de Deus seriam frustrados. Esse era, continua a ser, o plano de satanás. Porque estava a agir por meros intuitos humanos, recusando que a ação de Deus se operasse, estava a ser intermediário do mal, e Jesus identifica-o com o próprio mal.

É assim mesmo que ele atua: discretamente; fazendo passar por bom aquilo que é mau; atraindo para a ilusão de vida aquilo que a ela não conduz; criando indiferença em relação a Deus; destruindo as bases das relações de amor, como é o caso da família; sexualizando as relações entre pessoas; levando a transpor os valores da vida humana para os animais, desvalorizando-os nas pessoas; destruindo a vida pelo aborto e a eutanásia, fazendo passar por valores aquilo que é exatamente o seu contrário… Tenha-se em conta que, como norma, ele não atua diretamente, mas através das pessoas, e sempre que se faz a sua vontade ele ganha terreno e quem perde somos nós. Ele nada perde porque só há sentimento de algo que é bom, e ele é condenado e nada há nele que não seja mal.

Foi das suas mãos, do seu poder, do seu domínio, que Jesus nos libertou ao morrer na cruz. É dele que Deus quer libertar-nos. Está em nós a escolha.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Vamos Recomeçar

Depois e duma "eternidade" sem a celebração da missa com a presença física da comunidade, reabre-se-nos a ocasião de o voltarmos a fazer. A celebração da missa e básico, porque ela é a base, na vida da Igreja. A participação nunca é virtual, ainda que seja feita por meios virtuais, mas a celebração com a presença física da comunidade é essencial. Claro está que esta participação tem os seus limites, aqueles que são humanos: doença, idade avançada, distância...

É preciso que nos previnamos quanto à possibilidade de virmos a contrair e/ou contaminar alguém, com um vírus, que pode ser mortal. Mas também não ns podemos fechar no medo de morrer, precisamente por que esse medo pode conduzir à morte. Vamos participar, assumindo limites, tendo cuidados.    

A Conferência Episcopal deu algumas orientações que acolhemos e vamos procurar respeitar. Fazemo-lo seguindo as orientações que nos são dadas pelos nossos pastores. A eles devemos obediência. Pensemos, confiantes, que estas medidas são temporárias, e peçamos ao Senhor que a vida volte, ao menos, à "normalidade" que tinha antes desta situação de pandemia.

Doem algumas coisas. Entre elas o impedimento à participação, por exiguidade de espaço, de alguns que o faziam habitualmente; o aconselhar à não participação de alguns idosos e doentes, por serem de risco; a "obrigação" de comungar na mão. O ataque continua a ser feito, a banalização da eucaristia tem aí um forte impulso. Pedimos ao Senhor que esta pandemia termine e outras não venham, também por isto: para podermos recebê-Lo com outro sentido. 

Enquanto a situação de limitação se mantiver, publicaremos, quinzenalmente, o programa de celebrações am ambas as paróquias.



sexta-feira, 22 de maio de 2020

Novena ao Espírito Santo 2020

1º Dia - 22 de maio (AQUI)

2º Dia - 23 de maio (AQUI)

3º Dia - 24 de maio (AQUI)

4º Dia - 25 de maio (AQUI)

5ª Dia - 26 de Maio (AQUI)

6º Dia - 27 de Maio (AQUI)

7º Dia - 28 de maio (AQUI)

8º Dia - 29 de maio (AQUI)

9º Dia - 30 de maio (AQUI)

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Rezar o Terço, em Maio, com crianças e adolescentes

Para meditação dos mistérios,

clique Aqui

terça-feira, 21 de abril de 2020

Faleceu o Sr. Padre Manuel Gaspar

O cónego Manuel da Silva Gaspar, de 101 anos, faleceu esta manhã, de doença natural, na Casa Diocesana do Clero, em Fátima, onde residia. O funeral será no cemitério do Souto da Carpalhosa.

Filho de Manuel da Silva e de Maria de Jesus, nasceu no Souto da Carpalhosa, no lugar da Carpalhosa, concelho de Leiria, em 6 de outubro de 1918. Entrou para o Seminário de Leiria em 1932. Concluída a sua formação, foi ordenado padre em 12 de julho de 1942, no Santuário de Fátima, pelo bispo D. José Alves Correia da Silva. Era irmão mais velho do padre Virgílio da Silva, já falecido. No seu longo percurso de serviço à Igreja, foi prefeito (1942-1961) e professor (1942-1974) do Seminário Diocesano de Leiria, assistente diocesano dos Cruzados de Fátima (atualmente Movimento da Mensagem de Fátima) de 1949 a 1960 e do movimento Juventude Independente Católica Feminina (JICF). Nos serviços diocesanos, desempenhou os cargos de Secretário da Associação de Doutrina Cristã (antecessor do atual serviço de catequese), de 1953 a 1960, Diretor da Pastoral Vocacional (1962-1972) e do Secretariado de Liturgia e Arte sacra, mais tarde denominado Secretariado de Pastoral litúrgica e Música Sacra (de 1972 a 2003). Foi ainda Juiz Pró-Sinodal na cúria diocesana, membro do Conselho Presbiteral em vários mandatos e do Cabido da catedral, tendo sido nomeado cónego em 1978.

No serviço mais diretamente pastoral, foi pároco dos Marrazes (1974-1978) e de Leiria (1978-1998), tendo sido também vigário da Vara de Leiria, desde 1976, durante pelo menos três mandatos. Em 1998, por motivos de saúde, deixou o serviço pastoral da paróquia de Leiria, indo residir para a Casa Diocesana do Clero e mantendo atividade no Secretariado de Pastoral Litúrgica.

Colaborou também na revisão linguística e literária da Bíblia Monumental Ilustrada, de livros litúrgicos e de várias publicações do Santuário de Fátima. O Cónego Manuel da Silva Gaspar era um homem muito acessível e amável, discreto, estudioso e de notável cultura, com uma paixão pela fotografia. No seu magistério de professor de várias disciplinas, era reconhecido como um bom pedagogo. Tinha um carinho especial pelos seus confrades, os sacerdotes, especialmente pelos mais novos. Acolheu vários em estágio pastoral e como colaboradores, dando-lhes espaço e apoiando-os no seu modo de ser e nas iniciativas. Foi um sacerdote que cultivou com profundidade a espiritualidade, com especial interesse pela liturgia, sabendo discernir bem o espírito autêntico e as normas práticas. Neste sentido, cuidou da formação dos sacerdotes, dos ministros extraordinários da comunhão e da publicação de ensinamentos nos jornais diocesanos. Sabia atender bem as pessoas e servi-las como bom pastor. Foi um zeloso ministro de Cristo e servidor da Igreja.

Ao mesmo tempo que agradecemos a Deus o dom da vida e do ministério deste fiel e generosos sacerdote, manifestamos o reconhecimento à Casa Diocesana do Clero e às suas colaboradoras, pelo competente e carinhoso serviço com que dele cuidaram nesta última fase da sua vida. Apresentamos sentidos pêsames aos familiares e amigos e imploramos de Deus o dom de novas vocações sacerdotais para o serviço do Seu povo, conforme o exemplo deste sacerdote.

Leiria, 20 de abril de 2020.
Padre Jorge Guarda
Vigário Geral

sexta-feira, 27 de março de 2020

Aos paroquianos de Monte Real e Souto da Carpalhosa


Aos paroquianos de Monte Real e Souto da Carpalhosa

O tempo e a situação que vivemos são estranhos. Nunca, entre nós terá acontecido tal situação de, para nos protegermos uns aos outros, estarmos impedidos de exercer umas das caraterísticas fundamentais do ser humano: a sociabilização. O que acontece tem que ser feito á distância, usando outros meios, não o da proximidade física.

Graças a Deus, são muitos os meios de que dispomos para comunicarmos e estarmos, assim, minimamente presentes nas vidas dos que fazem parte da nossa vida.

Alguns pontos:
1.    Sigamos as orientações que nos são dadas, permanecendo em casa, tudo fazendo para que não seja posta em risco a nossa vida nem as dos outros. Tenhamos presente que se por irresponsabilidade contaminarmos alguém com um vírus que pode causar-lhe a morte é pecado, é grave, é atentar contra a vida.
2.    Habitualmente, fazemos um tempo de adoração do Santíssimo Sacramento, via Facebook CLIQUE AQUI das 15:00 às 16:00 (todos os dias); Missa às 19:00 (segunda a sábado); Missa às 11:30 (domingo). Tendo em conta as frágeis condições de captação de imagem e som, se for possível, ligue o computador ou o telemóvel à televisão, vê-se e ouve-se melhor;
3.    Chegou-nos a informação de que em alguns sítios a imagem peregrina de Nossa Senhora continua a andar de casa em casa. Isso não deve acontecer. Nem as imagens peregrinas, nem os coros da Sagrada Família devem, neste tempo, ser passadas de cada em casa. Devem parar onde se encontram, retomando-se, depois o normal circuito de casa em casa.
4.    Na celebração da Eucaristia rezamos por todas as intenções das comunidades. Se alguém quiser que seja anunciada alguma intenção particular, deve comunicá-la atempadamente.

Não deixamos de aproveitar este tempo, esta ocasião, para repensar a vida e os valores que vivemos, procurando recentrar o que somos e vivemos.

A bênção e a graça de Deus desçam, e permaneçam, sobre cada um.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Tempos Incertos

Mais um dia de necessária clausura nestes tempos incertos. Não temos que queremos, temos o que nos é possível. A nós cristãos, fica-nos a tristeza de não podermos celebrar comunitariamente a fé, mas leva-nos a uma reflexão e tomada de consciência dos momentos de graça divina do que tivemos até aqui e não aproveitámos. Queira Deus, fique em nós uma vontade grande e firme de nos tornarmos mais próximos de Deus, percebendo que não é em nossas mãos que está a salvação.

Hoje e amanhã era, permita-se-me que diga, é o tempo das “24 horas para o Senhor”. Não o faremos diante do santíssimo Sacramento, nas igrejas, para evitar aglomeração de pessoas, mas podemos fazê-lo no silêncio de nossas casas. Estamos a apontar para fazer adoração em privado, mas com transmissão via Facebook, na medida do que nos for possível, amanhã, dia 21, no período da manhã e também no da tarde. Permitindo, assim, que cada um, possa seguir nas suas casas e fazer silêncio orante.

Agora, que temos “todo o tempo do mundo” para rezar, e ainda sobra algum para “pasmar”, deitemos as mãos na massa e construamos um futuro diferente. Depois da tempestade vem a bonança. Não podemos, no entanto, descurar que outras tempestades surgirão.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Covid-19 Comunicação


domingo, 1 de março de 2020

O MUNDO, O DEMÓNIO E A CARNE

Estão na memória de muitos de nós os chamados “inimigos da Alma”, seja dizer-se: os inimigos da Salvação. Mundo, demónio e carne. Reportando-nos ao que nos diz a Escritura sobre o tempo de Jesus no deserto, façamos uma breve aproximação entre Jesus e estes inimigos da alma que, nós tão tranquilamente descuramos.

1.  O mundo não é mais que a mundanidade, o viver distanciados de Deus, pondo no lugar que Lhe compete as realidades mundanas, coisas e pessoas, a que tanto valor damos. Para Deus adota-se o mundo. Jesus retira-se do mundo das coisas e das pessoas, para o encontro com Deus, em retiro, no deserto;

2. Demónio: a força do mal, o príncipe do mundo, como Jesus lhe chama, que tudo faz e se serve para enganar, seduzir, desviar e afastar de Deus as pessoas e a obra da Criação divina. Discreta ou descaradamente, nos envolve e atrai, com ilusões e enganos, fazendo parecer ser bom e meritório o que realmente é mau, condenável e à condenação conduz. É tão fácil ceder que nem é preciso dar passos, tranquilamente se desliza para dentro da “cantiga” com que nos encanta. Jesus afastou-se dele, recusando-o, não cedendo, vencendo-o com a Palavra de Deus, impondo-se a Si mesmo como Senhor da sua vontade e do seu querer fazer a vontade do pai e só a Ele adorar;

3. Carne: são os prazer que se buscam pelo prazer. Nosso corpo é bom, se de equilíbrio e a harmonia se compõe. A sociedade que somos tem como princípio e pano de fundo do existir o “carpe diem” (vive, goza, a vida). Talvez mais do que nunca, nos centramos em nós, na prossecução dos nossos prazeres e tudo orientamos para a realização e o consolo pessoal. O rumo que se vai percorrendo está a orientar-se no sentido de tudo ser lícito e bom, desde que concretize os nossos, por vezes loucos, desejos. Não comemos para viver, mas por enfartar o prazer; não celebramos dentro da alegria, mas buscamos alegra-nos, no exagero do álcool e das drogas, para pensarmos que somos felizes. Jesus jejuou, consagrando o esforço do controle cada um de nós é chamado a ter de si, vivendo como senhores de nós mesmos e não, deixando-nos ser controlados pelo parecer, pelo ter, pelo poder.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Viagem à Croácia