Tudo questões para as quais se encontrarão respostas e soluções, mais ou menos atravancadas, infelizmente, por as nossas comunidades não estarem preparadas, nem se sentindo necessitadas de catequese, porque, mais grave ainda, não se sente proximidade com Deus nem, ao menos, necessidade d'Ele.
Ao iniciar mais um ano de catequese, muitas questões se levantam a quem tem o desejo e a responsabilidade de a fazer avançar. Antes de mais, perguntamo-nos do "a quem" catequizar? A resposta vai no sentido oposto àquilo que, habitualmente, se faz. Os adultos, esses que já têm "tudo", são aqueles que mais têm necessidade de catequização porque, na prática, uma enormíssima maioria não tem "nada". Se não são os pais a assumir a responsabilidade e o cuidado da educação dos filhos, diremos que é perder tempo e contraproducente a catequese às crianças. A elas dá-se um sopro daquilo que os pais negam, em teoria e em prática. O resultado? "Nenhum". Deixo a resposta entre aspas por não corresponder exatamente à verdade, pois a ação da graça divina não é vã, e, além disso, pelo menos alguns dos catequistas acabam por fazer caminhada.
Afirmar que o resultado é nenhum, vem-nos da análise que, com o olhar, fazemos das nossas comunidades, das nossas celebrações. Não se veem as crianças, os adolescentes ou os jovens crismados, a fazer parte da comunidade celebrativa. Só celebra quem vive. Quem não vive está morto. Não se veem os pais dos filhos que frequentam a catequese. Se não há vida nos pais, dificilmente a haverá nos filhos. Honra seja feita àqueles, muito poucos, que, fazendo parte destes grupos dos ausentes, estão presentes e manifestam fé.