Não querem estas palavras deixar de condenar o
pecado, o que está mal e que, como
é natural, se torna
motivo de escândalo. O que
é mau
é igualmente mau, seja
perpetrado por quem for. Acontece, porém, que se for no seio da Igreja isso assume
proporções de generalidade e abafa todo o bem que se faz.
As palavras aqui registadas não
buscam chegar mais longe que ao coração daqueles
que, sendo Igreja, se embrenham na luta permanente e constante por acolher e
viver o dom e a graça da vida que Deus
oferece e que acontece em Igreja, por mais pecadora que seja. A nossa fé,
em muitas situações
sobejamente frágil, corre o risco de tombar perante o agitar de algumas
palavras, quanto mais diante do escândalo público!
E agora? Agora, não
vamos deixar-nos chocalhar por todos os lados,
tremendo diante da certeza de que os ataques são cerrados. Veremos, já vimos, muitos partir e deixar atrás
de si os barulhos das palavras de revolta contra
tudo e contra todos. Deixemo-los partir. Quando virmos que as nossas palavras,
que devem ser sempre mais acolhedoras que agitadoras, não produzirão efeito, fique-nos o silêncio e a entrega orante
nas mãos de Deus. Lamentemos e reparemos o mal, mas empenhemo-nos em fazer bem,
sem fugir diante da primeira oportunidade que surgir para o fazer com estrondo.
Se uma árvore podre cai, não
temos que fugir da floresta, porque muitas outras
permanecem de pé e dão
flor, fruto e sombra. Fraco não
é quem permanece na
luta, mas aquele
que debanda diante o primeiro som da sirene que anuncia o ataque inimigo, ou
aquele que abandona as férias só porque caíram uns pingos de
chuva.
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