Estamos em pleno mês de junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Ao olharmos, num primeiro relance, a imagem aqui ao lado, ter-nos-há, talvez, passado pela mente a ideia de uma religiosidade assente em piedosas e desatualizadas devoções.
Deixemos a imagem, ela é apenas um modo de nos fazer lembrar o Coração de Jesus, que não é alguma coisa de abstracto, mas um coração
vivo, pleno de misericórdia, mas sofredor pelas faltas de amor com que O ultrajamos.
É comum ouvirmos a expressão "até me dói o coração", diante do sofrimento de alguém ou de nós mesmos. Uma dor de coração, sendo ele um músculo, não é física, é uma dor interior e profunda que esmaga a alma. O sofrimento de Deus, o sofrimento do Coração Misericordioso de Deus, acontece pelo sofrimentos dos seus filhos, pela falta de amor, e pelos caminhos tortuosos que percorremos, sem que Lhe dêmos glória, sem que saibamos acolher o Seu Amor, sem que tomemos consciência das graças e dons que nos concede e pela ingratidão com que O afastamos do nosso viver.
O voluntariado que fazemos e a caridade que praticamos, se não são preenchidas e fundadas no amor e na confiança que só Dele nos vem, com brevidade cansa. Na última ação de recolha de alimentos para o Banco Alimentar recolheram-se menos alimentos, não acontece por acaso. Porque o nosso coração vive distante do de Deus não conseguimos manter-nos fiéis.
Na passada sexta feira celebrámos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Quantos de nós nos lembrámos Dele? Quantos de nós Lhe fizemos um tempo de companhia? Sim Ele está nas nossas igrejas, realmente presente, e espera por nós. Não nos damos conta de que o encontro com Ele o consola e nos enche de vida a nós. Ele tem sede de nós, porque quer encher-nos e Dele e dar sentido ao que somos.
E aqueles que pertencemos à irmandade do seu Sagrado Coração? Que lugar Lhe damos, que teremos para Lhe dizer no momento do "encontro final"?
0 comentários:
Enviar um comentário